Para sonhadores... Deixem-se levar... O blog mudou de cores, mas os sonhos são os mesmos...

04
Ago 08

 

"The Dark Knight". Um grande filme, uma intriga excelente e um elenco de luxo. Com grandes actuações de Christian Bale, Aaron Eckhart, Morgan Freeman e Michael Caine. Porém, é inevitável que as atenções, ao longo de todo o filme, se centrem num único actor: Heath Ledger. É impossível tirar os olhos dele e da sua extraordinária performance. A última. A melhor. E, por isso, queremos absorver toda a sua actuação, aproveitar e desfrutar da sua arte de representar... Uma última vez.

O Joker (Coringa) é um personagem complexo e incompreensível, possuído pela loucura, com um olhar obsessivo e penetrante, um tique maníaco com a língua, o rosto alterado pintado de branco e tingido de vermelho. Um sorriso forçado com esse vermelho sangue. As cicatrizes. A personagem sinistra pode hoje ser vista como um presságio do que acabou por acontecer.

 

 

Este foi, literalmente, o papel da vida de Heath Ledger. E que papel! Que actuação! Verdadeiramente arrepiante. Perfeito a todos os níveis. Heath Ledger recriou esta personagem de BD de forma única, intensa e profunda. Genial. Depois de grandes promessas como "Coração de Cavaleiro", "Irmãos Grimm", "Casanova" e "Brokeback Mountain", este filme é não só a confirmação do talento deste actor, como também representa a sua entrada definitiva para a esfera dos melhores.

Infelizmente, ele não pode constatar e desfrutar o seu próprio sucesso, o fruto do seu brilhante trabalho. Que já bateu todos os recordes de bilheteiras nos Estados Unidos.

 

"Ou morres como um herói ou vives o tempo suficiente para te tornares um vilão."

(in "The Dark Knight")

 

 

Heath morreu como vilão e herói, simultaneamente. Conseguiu certamente eternizar-se através desta magnífica interpretação com vilão, e assim garantiu o sucesso como o herói de muitos dos seus fãs. Conquistou definitivamente o mundo. Surgiu uma nova lenda.

Sentimos sempre que os grandes actores que nos deliciam no grande ecrã, de alguma estranha forma nos pertencem. São algo que podemos ter como certo, algo que estará sempre lá. Sobretudo quando são jovens. Mas as leis da vida regem-se da mesma forma para todos, sempre com a mesma indiferença e injustiça...

Curiosamente no final do filme, ao contrário do que acontece na maioria, o vilão não morre. Não é castigado. Mas nós somos. Com a certeza de que não voltaremos a ver brilhar Heath Ledger. Irónico, não? A morte da tela passa para a vida real. Vale a pena perguntarmo-nos por quem acabamos por torcer ao longo de todo o filme... Pelo justiceiro de preto? Ou pela caricata e irrisória figura de cabelos loiros e sorriso inconfundível?

 

"Às vezes a verdade não é suficientemente boa. As pessoas merecem mais."

(in "The Dark Knight")

 

A verdade deste filme é uma dessas. Insuficiente. E, no entanto, tem de nos chegar e temos de nos conformar e acomodar a ela. Uma coisa é certa: Heath Ledger será sempre inesquecível!

Até sempre, Heath!

 

 

publicado por Vânia Caldeira às 11:41

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