Para sonhadores... Deixem-se levar... O blog mudou de cores, mas os sonhos são os mesmos...

12
Ago 09

 

Um amante de sonho és tu. Aquele que me torna maior, me faz sentir única e especial, princesa no teu conto de fadas, flor mais bela do teu jardim, livro preferido e mil vezes lido da tua estante. Aquele que, continua a olhar para mim, dia após dia, como se fosse a primeira vez. Simultaneamente encantado e ávido descobridor de novos pedaços de mim, de novas vontades, de novos sonhos, de novos rumos a percorrer.

És tu, aquele cujos dedos deslizam pelo meu corpo como se de uma peça da mais pura arte se tratasse. Com a sensibilidade e a doçura própria dos mestres, temperada de desejo e amor sinceros.
Um amante de sonho és tu. Aquele para quem amar nunca será uma meta cumprida, mas sempre uma promessa a cada dia renovada num olhar profundo, num gesto de ternura ou num beijo apaixonado. Tu, que te alimentas do teu próprio amor e daquele que te dou, para seres a cada dia melhor e mais completo, mais perfeito e único. Um verdadeiro amante de sonho. Tu.
publicado por Vânia Caldeira às 20:59
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27
Nov 08

 

 

Algures perdida entre os livros, folhas e folhas com tanto e com nada, assistindo ao louco desfile de matéria ela sentia-se desanimada. Questionava aquilo que sabia, as suas capacidades, atormentava-se com questões sem resposta, com uma insegurança que só lhe dificultava o caminho.

Ao olhar o sol que irradiava lá fora (tão distante), lembrou-se dele. Como queria que ele ali estivesse agora. Como precisava do calor dos seus braços, do aperto forte e consolador que ele lhe dava, das certezas com que a inundava.

Esse era outro problema... Já procurara mil vezes entender o motivo daquela paixão. Como era possível que ele tivesse aquele efeito sobre ela. De repente, alguém lhe puxara o tapete da rigidez e da lógica... E, agora, ela tinha dificuldades em levantar-se. Precisava dele e tinha, cada vez mais, a (dolorosa) consciência disso. Como? Não sabia...

 

Até porque no fim chegava sempre à incontornável resposta, certamente a menos científica de todas, mas também a mais puramente deliciosa: ela gostava dele. O amor... sem regras, convenções, lógicas ou motivos. E como era bom poder entregar-se a esse sentimento sem pensar. Saber, apenas o doce saber, que podia contar sempre com ele, que ele estaria lá quando ela mais precisasse. O sentir-se compreendida, como por ninguém mais, em cada gesto dele, em cada palavra, ou até em cada surpresa que ele lhe fazia.

A consciência de que ele também precisava dela...

Porque junto dele todas as leis físico-químicas eram violadas e ela sentia que podia dissolver-se na textura da sua pele...

publicado por Vânia Caldeira às 18:56

22
Abr 08


Nunca se sentira capaz de fazer nada sozinho. Por isso, olhava o austero prédio e hesitava. Perdia minutos e minutos naquela incerteza que o destruía, naquela insegurança castradora.
Os muitos anos de consumo de drogas tinham-lhe deixado marcas profundas, não no rosto - que, aliás, se poderia dizer muitíssimo "bem conservado" para o atentado continuado que fizera à sua própria saúde - mas na alma. À medida que a heroína ganhava terreno na sua vida, ele perdia-o, o chão fugia-lhe e ele tornava-se cada vez mais pequeno. Minúsculo, ridículo... perante a enormidade do seu vício.
Recordava, com desgosto, o maldito dia em que conhecera esse mundo oculto. Mundo inicialmente perfeito... uma nova experiência que partilhava com os "amigos", o prazer após cada dose, o sentimento de poder absoluto. Tudo não passava de uma brincadeira, apenas quando apetecesse, apenas quando ele quisesse. Não passaria muito tempo até que se aperceberia da falta de verdade dessa ideia. Nada dependia já dele. Perdera o controlo, ganhara a dependência.
Uma dependência física, sem dúvida. As ressacas eram dantescas idas ao Inferno, cujo único bilhete de regresso parecia ser uma nova dose. Às dores insuportáveis acumulava-se a angústia de simplesmente não ser capaz. Querer largar e não poder. Tentar e não conseguir.
Apesar de perceber como aquilo lhe fazia mal, como a dor excedia em muito qualquer prazer que o vício lhe pudesse conceder: ele simplesmente não era capaz.
Para dissimular a sua própria desilusão, mas também a alheia (a daqueles que mais o amavam), procurava convencer-se que essa incapacidade era linearmente fisiológica. Mas, no fundo, a verdade teimava em atormentá-lo. Sentia que não passava de um fraco, ao não conseguir aquilo que mais queria - largar o vício.
Anos e anos de tentativas, de investimentos por parte dos que o rodeavam, de apoio de todos, cocktails de fracassos e desilusões que terminavam sempre no mesmo: a recaída. Anos que o perseguiam e que o perseguiriam a vida toda, confrontavam-no agora ali, naquele momento, enquanto atravessava a passadeira e se aproximava da entrada do edifício.
Há 3 anos que deixara de consumir, tempo demais para si, demasiado pouco tempo para os outros, aqueles que tentavam confiar que desta vez seria definitivo. O que mais lhe custava era a sensação de ter perdido uma enorme fatia da sua vida, a melhor. E agora, apenas lhe restavam algumas migalhas que teria de aproveitar, após esta sua reaprendizagem da vida, um duro recomeço. Além disso, a droga deixara-lhe inúmeros receios e fragilidades. Era como se sem ela, não conseguisse fazer nada... não fosse capaz de pensar, de estar com ninguém, de dar o melhor de si mesmo.
Por isso, hesitava em frente ao elevador...
Lembrou-se então do verde dos olhos dela. O verde no qual se encontrara e a calma inabalável que eles lhe transmitiam, a certeza de que um mundo melhor era possível e estava para lá da porta daquele elevador. Ela era o significado que ele encontrara para a sua vida. Respirou fundo, guardou com carinho o belo rosto dela algures nos recônditos escondidos da memória, e prometeu a si mesmo que desta vez seria diferente: não iria desiludir mais ninguém, muito menos ela... que sempre confiara verdadeiramente nele.
Entrou no elevador de cabeça erguida, com a certeza de que a entrevista lhe correria muitíssimo bem e que o emprego seria seu. Agora acreditava nele e nas suas capacidades. Era mais homem, mais completo. E tudo isso lhe devia a ela e à força do seu amor. Esse, era sem dúvida, o melhor de todos os vícios.
publicado por Vânia Caldeira às 14:26

07
Nov 07

 

Não sei...

Estou nesta encruzilhada e, simplesmente, não sei...

Às vezes quero, noutras não.

Por vezes sinto, mas sem razão.

Perdida, sem rumo, vou avançando...

o caminho é incerto, o piso traiçoeiro.

 

Quando parecia saber caminhar

Chegas para mostrar que afinal não...

Quando queria poder parar,

A única coisa a parar é o meu coração.

 

Ao fim deste tempo, voltaste

E trouxeste contigo a bagagem das memórias

Velhas e novas histórias

Nem tão velhas, nem tão novas

Mas histórias minhas, tuas... nossas

 

Contigo voltou tudo

Tudo o que para trás eu deixara.

Voltou a dúvida e o arrepio...

 

Só uma coisa ficou por vir: a certeza.

Queria saber, queria ter certezas...

Mas que graça teria se as tivesse???

 

Volto a dar um passo em frente.

Não sei se estou certa, se estou errada...

Mas há uma vontade, um desejo que me impele

a perder os medos, seguir em frente e deixar-me perder...

 

Mas não sei...

publicado por Vânia Caldeira às 01:05
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13
Jul 07

 

Tu importas-te... Tu preocupas-te comigo... Sempre, a toda a hora, em cada instante. Estás sempre presente quando preciso e quando não preciso. Simplesmente estás. Nos bons e nos maus momentos. Aturas as minhas fúrias com toda a paciência. Sorris comigo, rimos juntos todos os dias. Mandas-me inúmeras mensagens a dar notícias, a tornar-te presente. Para que eu saiba que existes. E eu sei! Mas não como tu gostarias.

Afinal o que te dou em troca? Muito, dirás tu. Isto porque gostas de mim assim como sou. Pouco, digo eu. Como eu gostaria de corresponder todo o carinho que me dás e que é tão importante no meu dia-a-dia.

Como tu há outros que se preocupam, que mesmo apesar do meu desleixo tentam lembrar-me de que existem, tentam tornar-se presentes na minha memória com constantes mensagens e convites, ... Reconheço tudo isso. E pior, tenho consciência de tudo isso. Se os uso? Não. Definitivamente, não. Gosto de todos eles com uma amizade castradora. Castradora sobretudo para eles porque me torna inalcançável. E para mim que gostava de poder mudar tudo isto.

Muitos se preocupam e isso seria suficiente, se não fosse haver um que não se importa, ou que às vezes se importa e noutras não. E não fosse ser esse o único que verdadeiramente importa. Acusam-me de ser esquisita e exigente. Limito-me a ser fiel ao que sinto e, sobretudo, a ser verdadeira comigo própria. Mas também com os outros.

Tu, por seres eternamente dedicado, não mereces que te iluda, nem que te engane. Não o faço. Mas ao mesmo tempo sei que isso te magoa.

Lamento por ti e por mim, lamento não poder com uma varinha mudar tudo isto... Desculpa.

publicado por Vânia Caldeira às 19:23
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10
Mar 07

 

Sabes que tenho saudades tuas? Talvez saibas, talvez não. Gostava que soubesses... E que também tivesses saudades. Que me visses em cada linha dos textos que percorres, em cada sonho dos que te visitam à noite, em cada pensamento que te preenche...

Talvez não saibas simplesmente porque não to disse... Talvez não saibas porque não queres saber... Talvez nos preencha a ambos uma incerteza paralisante.

Talvez não saibas que quando te olho, me perco profundamente nos teus olhos. Talvez não saibas a atenção que presto a cada gesto ou como valorizo cada palavra.

E como foi? Foi de um dia para o outro, inexplicável e inesperado... Mas deixaste de ser o mesmo, agora és especial. Especial demais para te conseguir esquecer.

Não sei como vai ser, não sei sequer se vai ser. Só sei que gostava que fosse... e que gostava que soubesses as saudades que sinto tuas e que também as sentisses... Só isso, nada mais...

Vânia Caldeira

publicado por Vânia Caldeira às 12:07
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25
Jan 07

Amo-te quando em largo, alto e profundo
Minha alma alcança quando, transportada
Sente, alongando os olhos deste mundo
Os fins do ser, a graça entressonhada.

Amo-te em cada dia, hora e segundo:
à luz do sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não podem nada.

Amo-te com o doer das velhas penas,
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
e a fé da minha infância, ingénua e forte.

Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E assim Deus o quisesse,
Ainda mais te amarei depois da morte.

Elizabeth Barrett Browning

publicado por Vânia Caldeira às 23:12
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22
Jan 07

Se quiser fugir
Pra qualquer lugar que for
Nem precisa me chamar
Tão perto que eu estou

Mas seu medo de perder
Não te deixa me olhar
Esqueça o que passou
Que tudo vai mudar

Agora eu posso ser seu anjo
Seus desejos sei de cor
Pro bem e pro mal você me tem
Não vai se sentir só, meu amor

[Refrão]
Sempre que quiser um beijo
Eu vou te dar
Sua boca vai ter tanta sede de me tomar
Se quiser
Sempre que quiser ir as estrelas
Me dê a mão, deixa eu te levar

Eu penso te tocar
Te falar coisas comuns
E poder te amar, o amor mais incomum
Não deixa o medo te impedir
De chegar perto de mim
O que aconteceu, ontem
Não vai mais repetir

E desde então estar contigo
Seus desejos sei de cor
Pro bem e pro mal você me tem
Não vai se sentir só, meu amor
Se quiser

[Refrão]
Sempre que quiser um beijo
Eu vou te dar
Sua boca vai ter tanta sede de me tomar
Se quiser
Sempre que quiser ir as estrelas
Me dê a mão, deixa eu te levar

Me deixa ser real
E te ajudar a ser feliz
Porque eu sou seu fogo
Tudo que você quis
Tudo que você quis

[Refrão]
Sempre que quiser um beijo
Eu vou te dar
Sua boca vai ter tanta sede de me tomar
Se quiser
Sempre que quiser ir as estrelas
Me dê a mão, deixa eu te levar

Refrão:
Sempre que quiser um beijo
Eu vou te dar
Sua boca vai ter tanta sede de me tomar
Se quiser
Sempre que quiser ir as estrelas
Me dê a mão, deixa eu te levar

 

Letra de Tânia Mara

publicado por Vânia Caldeira às 16:37
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12
Jan 07

 

Como tu és nada... e simultaneamente tudo! Um tudo que desejo, um nada que devia desejar. Mas não me importa. Deixei de ligar a lógicas ou convenções. Deixei de ligar ao mundo que nos rodeia...

Deixámos de ser dois: eu e tu. Passámos a ser uma entidade diferente, um nós, numa comunhão perfeita...

Não importa o que os outros vão dizer, importa o que nós dissémos... e o que diremos... e o que sentimos.

Do mundo dos sonhos, um beijo... meu, teu... nosso.

publicado por Vânia Caldeira às 21:07
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08
Jan 07

Hoje olhei para ti de maneira diferente... Ou olhei para ti da mesma maneira, mas vi algo diferente. Um brilho especial no teu olhar revelou-me uma mensagem que tenho detido oculta, da qual não me tenho apercebido. Há um sentimento por detrás desse olhar. Como é que eu não percebi antes?

Com as banalidades do dia a dia, com a ausência de tempo, com o estudo, com o ritmo alucinante e com tudo o resto, muitas vezes não reparamos no que está ali, à nossa frente. E às vezes, quando o conseguimos ver... é, infelizmente, tarde de mais.

Não acho que seja tarde. Acho que vi a magia no teu olhar a tempo... talvez a tempo de me deixar contagiar, talvez a tempo de te deixar contagiar-me. Com o teu ar discreto, sensato, calmo, mas, indiscutivelmente, lindo... tens-me trazido enganada, cega. E agora abri os olhos e vi os teus, que há muito não largam o verde dos meus.

Agora tudo faz sentido, agora tudo é muito mais fácil de compreender. Cada doce palavra tua, cada gesto de reconforto e de incentivo, os teus inúmeros e inacabados esforços para me agradar, os olhares, por vezes, ligeiramente raiados de ciúmes que lançavas... Tudo, agora, é por demais óbvio... e doce. Como é bom saber agora o que sei. Saber que os meus olhos encontram correspondência nos teus e que as nossas mãos, se tocam bem mais perto, algures nos sonhos, do que poderia alguma vez imaginar.

Do mundo dos sonhos, um beijo enorme

publicado por Vânia Caldeira às 22:31
sinto-me:
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