Para sonhadores... Deixem-se levar... O blog mudou de cores, mas os sonhos são os mesmos...

24
Dez 09

 

 

Há quem faça do Natal um bicho de sete cabeças... É certo que o menino já não nasce tão frequentemente por estas bandas. Tal como é certo que o seu lugar foi ocupado pela simpática personagem obesa, muito menos frágil e, decididamente, muito menos santa, que traja de vermelho e vem sempre carregado. É certo que o espírito que as religiões querem transmitir não tem muito espaço para crescer numa sociedade como a nossa. Também é sabido que praticamos uma cultura de consumo, em vez de festejarmos efectivamente o nascimento do menino.

Mas será que tudo isso é assim tão perverso como nos querem fazer crer?

Independentemente do que os mais religiosos possam pensar, ou do que os mais velhos tenham a dizer acerca do "no meu tempo"... o Natal continua a ser uma época muito especial.

Provavelmente eu sou uma rendida ao consumismo natalício. Declaro-me culpada. Mas toda a decoração de Natal me fascina. Dá-me um enorme prazer ver as ruas repletas de cor, casas com lindíssimas e originais árvores de Natal, iluminações brilhantes, ... Depois, amigos, conhecidos e estranhos, todos nos desejam as "Boas Festas". Mais ou menos sentidos, estes desejos mostram que a sociedade se une para a vivência de uma época comum e todos estão como que envoltos neste espírito.

É época de solidariedade, as pessoas estão mais abertas a dar a quem precisa. Sucedem-se os jantares dos sem-abrigo e as campanhas com postais para auxílio às crianças mais necessitadas.

Por mais profano que se tenha tornado, como dizem as mentes mais obcecadas, no Natal, a família, que passa todo o ano separada pelas circunstâncias da vida, pela falta de tempo, pelo stress diário e pelos problemas mundanos e particulares de cada um, vê-se "obrigada" (e, isto, no bom sentido) a reunir. Porque é uma tradição. Porque a consoada de Natal deve ser vivida em família. Todos se reúnem, matam-se as saudades, trocam-se risos e experiências de vida, partilha-se a harmonia e a paz desse dia. Tudo é esquecido por algumas horas e tudo tem espaço para acontecer. E surge o Pai Natal, esse ser maléfico, segundo as tais vozes, que fez destronar o menino. Mas é esse Pai Natal que leva as crianças a sonharem, que lhes ensina como é bom acreditar que tudo é possível. Mesmo um simpático velhote, com a eterna idade dos avós, descer pela chaminé só para nos trazer aquele presente mais especial. Aquele simpático velhote que nos incita ao bom comportamento durante o resto do ano.

Os mais velhos já não se vão em cantigas. Porém, no Natal têm a oportunidade de dar e receber, o que não é mais do que a hipótese de mostrarmos como conhecemos bem os outros ou como eles nos compreendem. Quando escolhemos minuciosamente uma prenda para alguém especial, procuramos ir ao encontro do que essa pessoa é ou precisa, procuramos demonstrar o nosso afecto e como é importante na nossa vida. Mesmo com um presente simbólico. Debaixo da árvore, esses presentes lembram-nos que muita gente gosta de nós e nos acha especial. E à medida que desembrulhamos cada um deles, e recebemos aquele perfume com um aroma que tanto nos agrada, aquela manta giríssima que tanto jeito vai dar nos serões mais frios, aquele fondue de chocolate para os momentos mais românticos, aquele livro que tanto nos apetecia ler, ... Nesse momento, sabemos que os nossos verdadeiros amigos e familiares nos conhecem profundamente. Haverá melhor sentimento que esse? De dar e receber de quem mais amamos?

 

Por tudo isto, sou uma defensora do Natal, com tudo o que ele tem de bom. É momento de festa, de reunião e de paz. Motivo para todas as alegrias.Deixem-se contagiar pelo espírito do Natal.

 

Quanto às pessoas que dizem mal do Natal, preocupem-se mais em cultivar aquele que acreditam ser o verdadeiro espírito do Natal, do que em dizer mal dos outros e, geralmente, fazer o mesmo que todos fazem.

 

Desejo a todos os leitores deste blog um muito Feliz Natal, em família, com muita saúde e muitas alegrias.

 

Boas Festas,

Vânia Caldeira

 

publicado por Vânia Caldeira às 11:47

08
Nov 09

 

Foi assim que acabou, infelizmente... Uma série de maus resultados e más exibições da equipa, culminou de forma injusta e ingrata com a saída de Paulo Bento.

Sabia que isto ia acabar por acontecer, mas, apesar disso, ainda não acredito que aconteceu. Estou triste com a saída do meu querido treinador.

Ele marca um período de grande força no Sporting. Um período caracterizado, de frontalidade e sinceridade, sem meias palavras, com objectivos definidos, com garra e dedicação. Foi assim que Bento sempre dirigiu o meu clube.

Por tudo isso estou eternamente grata.

Não são justas nem honestas, as últimas palavras que se têm soltado acerca deste óptimo treinador. É a equipa enquanto todo que não joga, que não consegue, por mais que se esforce. E isso não vai mudar com a troca de treinador.

 

De qualquer forma, Paulo, obrigada por tudo. Por toda a fé que sempre depositaste na equipa, pela força com que a agarraste, pela dedicação que lhe dedicaste e por tudo o que nos deste. Obrigada. E, espero, eu, até um dia destes! Nunca te esqueceremos! Boa sorte.

publicado por Vânia Caldeira às 22:22

15
Set 09

 

Ele apaixonou gerações. Com a simultânea precisão e sensualidade dos seus passos de dança, com a doçura da sua voz enquanto cantava "She's like the wind" e com as suas magníficas interpretações.

Há uns anos tive a oportunidade de conhecer "Dirty Dancing" e deixei-me enfeitiçar. Um filme que inicialmente não passou de um modesto investimento para filme mediano e que graças à marcante personagem representada por Patrick Swayze se tornou um tremendo e inesperado sucesso. No filme, o autor é um professor de dança que se vai apaixonar por uma aluna, menina rica e inacessível. Juntos protagonizam a mais bela história de que tenho memória. É, sem dúvida, o filme mais romântico de sempre.

E foi aqui que me tornei inevitavelmente uma enorme fã de Patrick Swayze. Não hesito em elegê-lo como o actor que mais me marcou, o melhor de todos.

 

 

E, por isso mesmo, tremi quando há um ano soube que ele padecia de cancro. E logo do pâncreas, cujas taxas de sobrevida não são nada animadoras.Não nos podem roubar estas pessoas, não é justo que o façam... 57 anos? É demasiado cedo. Ele ainda tinha tanto para dar, agora que protagonizava a série "The Beast". Ao fim de ano e meio o cancro venceu e todos nós perdemos.

Se a morte dele hoje foi uma surpresa? Não. Já há meses numa aparição pública o seu aspecto transtornado falava por ele. Ainda assim não doeu menos ouvir tal notícia.

É o fim de um homem que me fez sonhar. Que me fez ver o Dirty Dancing, que tenho em DVD, vezes e vezes. Sem nunca me cansar. Até saber as deixas, as músicas e os passos de dança. Que me fez procurar todos os filmes com ele no clube vídeo.

Além de Dirty Dancing, Patrick Swayze foi ainda protagonista em outros grandes filmes como "Ghost - o Espírito do Amor", "Three Wishes", "One Last Dance", "King Solomon's Mines" ou "Point Break" (ao lado de Keanu Reeves). E ainda a melhor série que alguma vez vi: "Norte e Sul", um verdadeiro sucesso sobre a guerra civil americana.

Hoje é um dia triste pois é verdadeiramente lamentável vê-lo desaparecer para sempre... pelo menos dos ecrãs, pois na minha memória e no meu imaginário ele continuará a dançar para sempre.

Até sempre, Patrick.

 

publicado por Vânia Caldeira às 10:57

07
Set 09

 

Desde ontem que tudo estava estranho lá em casa. A mãe não voltara do trabalho e o pai dissera-lhe que surgira uma cirurgia urgente no hospital e que ela acabara por ser necessária. Fora dormir sentindo saudade das doces palavras da mãe, quando esta lhe lia uma história todas as noites, e lhe dava aquele mágico beijo de bons sonhos.

Mas hoje a casa estava ainda mais esquisita. Não só a mãe continuava ausente, como havia um ambiente estranho. A família viera toda para uma não planeada visita. Porém, vagueavam pela casa como zombies, de rostos tristes e olhares vazios. Ausentes. Como a sua mãe. Onde andaria ela, que nunca mais voltava para lhe explicar o que se passava?

A avó esboçou-lhe um doloroso sorriso e ele conseguiu ver os seus velhos olhos, datados pelas duras rugas,  vermelhos e doridos, como daquela vez em que a Joana lhe partiu o seu brinquedo favorito. E ele chorou e chorou. No fim, os seus olhos também estavam assim.

Ainda por cima tinham todos decidido vestir-se de preto. Chegava a meter medo.

Farto de se sentir posto de parte, procurou o pai pelos corredores da casa. Quando o encontrou, parecia anos mais velho. Uma expressão carregada de algo que ele não sabia bem reconhecer. Mas que doía e muito.

O pai olhou-o com toda a sua ternura e disse-lhe que a mãe tinha ido para o céu. "Então e a que horas volta?", ouviu-se ecoar pela casa.

O pai engoliu em seco. Não sabia o que dizer ao filho, como o dizer. Estas coisas simplesmente não deviam acontecer.

Ganhou coragem, emoldurou o pequeno e delicado rosto do filho entre as suas mãos, e explicou-lhe que a mãe não voltava mais, tinha partido para sempre.

O menino de lindos olhos verdes e cabelos loiros, cheios de sonhos, voltou ao hall de entrada. Pensou no que o pai lhe dissera e percebeu que ele estava enganado, como daquela vez em que a mãe lhe pedira para trazer queijo e ele trouxera fiambre. Típico do pai. Como é que a mãe se podia ir embora de vez? Quem é que tomaria conta da casa, lhe diria o que vestir, lhe faria o almoço ou ajudaria nos trabalhos de casa? E como é que o hospital sobreviveria sem ela? Não podia ser. Afinal ela despedira-se dele, no dia anterior, com o beijo de sempre e a pressa do costume para ir trabalhar. E tinham combinado ir ao jardim botânico no próximo fim-de-semana. Não lhe disse que não voltava. Não o avisou que era para sempre...

Certo de que o pai estava enganado, ele dirigiu-se para a porta. Sentou-se num dos degraus da entrada e limitou-se a esperar que a mãe simplesmente voltasse para casa.

publicado por Vânia Caldeira às 19:33
tags:

23
Ago 09

 

A noite esteve longe de ser brilhante... O ambiente em Alvalade prometia festa, mas os foguetes acabaram por não ser lançados. Num painel do Directivo XXI lia-se que o segundo lugar não era suficiente, queríamos lutar pelo título.

O que é certo é que o grande rugido do leão ficou por se fazer ouvir e um pequeno, às vezes um pouco maior Sporting saiu para jogar.

Nos primeiros minutos todos acreditámos. Sim, sentimos que a força e garra que predominaram contra a Fiorentina tinham vindo para ficar e marcavam um novo ciclo no clube. Porém, aqui, a culpa nem sequer foi do árbitro. Esse, apesar de uma grande penalidade por assinalar, pode dizer-se que saiu isento de culpas.

A culpa? Foi dos suspeitos do costume.

Apesar de na frente a coisa estar a correr bem, com vários remates à baliza, um total domínio sobre a equipa adversária e uma grande vontade de vencer, lá atrás, junto à baliza, a história é outra.

E assim que o Braga decide atravessar o meio campo... é golo. Nem um Miguel Veloso enorme, um extraordinário golo de Yannick, um Liedson sempre esforçado, ou um Matías melhor que das outras vezes chegaram. Pedro Silva, André Marques, Polga e Postiga trataram de destruir tudo o que os outros tentaram fazer crescer. Com lances infantis e demasiada descoordenação.

A solução? Passaria certamente pelos avanços da clonagem, o que (por motivos éticos) pode chegar tarde demais. Quatro Carriços seriam, certamente, a melhor defesa do campeonato. Talvez o Vuk à direita e um substituto para o Postiga.

Culpa do Paulo Bento? Não creio. A culpa é dos jogadores. E a mudança de técnico não me parece uma solução, nem me parecem justas algumas das críticas que têm vindo a fazer-se ouvir.

Queremos mais e sabemos que a equipa é capaz de melhor. Mais concentração, mais empenho, mais garra e mais eficácia. Até lá, continuaremos a puxar por eles.

Porque, de qualquer forma, e apesar da triste noite, é sempre bom regressar a Alvalade. E sentir-me inequivocamente em casa...

publicado por Vânia Caldeira às 20:58
tags:

13
Ago 09

 

Procurava concentrar-se no belo conto de fadas que segurava timidamente entre as mãos. Um clássico. A princesa aprisionada por uma bruxa maléfica. O príncipe, esbelto e corajoso, que parte sem hesitar para a resgatar.

Continuamente os olhos fugiam do livro para a realidade do quarto, que as nove horas banhavam de um tom sombrio. Na pequena mesinha junto à cama, uma foto de tempos talvez mais felizes. Ou apenas o rosto da inconsciência própria dos três anos... Não sabia. Agora, sete anos mais velha, apenas sabia que não queria que ele chegasse. Aquele estranho. Não já. Não agora. Talvez nunca mais!

E se, por um lado, eram pensamentos libertadores, por outro, eram tremendamente cruéis e punidores. Sentia-se horrível por alojá-los na sua mente, por alimentá-los. Um verdadeiro monstro. Afinal, a culpada de tudo era ela.

Olhando a janela percebia-se presa no seu quarto, na sua casa, no seu mundo. Impiedoso. Será que o seu príncipe chegaria algum dia? Capaz de a levar para longe de tudo e todos? Para longe dele.

E foi então que ouviu a porta bater. Sabia que não era o seu príncipe, afinal os passos etéreos deste contrastavam com a rudeza dos passos que percorriam a casa. Passos e mais passos. Angustiantes. Dolorosos. O subir das escadas. E o derradeiro abrir da sua porta.

O pai entrou. Uma mistura de emoções golpearam-na com uma força dilacerante - o nojo, o medo, a culpa. E o horrível hálito a álcool. O lascivo sorriso do pai. O olhar possesso.

Percebeu que chegara o momento de desaparecer. Foi então que se encolheu ainda mais entre os lençóis, fechou os olhos e respirou fundo. E rogou que o seu príncipe chegasse para a salvar.

publicado por Vânia Caldeira às 21:33
tags:

12
Ago 09

 

Um amante de sonho és tu. Aquele que me torna maior, me faz sentir única e especial, princesa no teu conto de fadas, flor mais bela do teu jardim, livro preferido e mil vezes lido da tua estante. Aquele que, continua a olhar para mim, dia após dia, como se fosse a primeira vez. Simultaneamente encantado e ávido descobridor de novos pedaços de mim, de novas vontades, de novos sonhos, de novos rumos a percorrer.

És tu, aquele cujos dedos deslizam pelo meu corpo como se de uma peça da mais pura arte se tratasse. Com a sensibilidade e a doçura própria dos mestres, temperada de desejo e amor sinceros.
Um amante de sonho és tu. Aquele para quem amar nunca será uma meta cumprida, mas sempre uma promessa a cada dia renovada num olhar profundo, num gesto de ternura ou num beijo apaixonado. Tu, que te alimentas do teu próprio amor e daquele que te dou, para seres a cada dia melhor e mais completo, mais perfeito e único. Um verdadeiro amante de sonho. Tu.
publicado por Vânia Caldeira às 20:59
tags:

05
Ago 09

 

Para meu enorme desgosto, ontem vi um jogo que certamente não foi o da minha equipa. Pelo menos, não daquela equipa dedicada, lutadora e concretizadora que conheço.

O que vi foi um grupo de jogadores e não uma equipa, pouco ligados, completamente desorientados, tentando jogar cada um para seu lado e, sobretudo, tentando de alguma forma chutar a bola... pouco importava como e para onde.

Vi um Liedson que, ainda que lutador, está longe da excelente forma a que nos habituou. Um Yannick que, como era previsível, foi um jogador a menos na equipa na posição que ocupou, incapaz de dominar a bola e construir jogo. Um Matías sem nada para mostrar. Um André Marques sem capacidade para jogar a titular. Um Abel... enfim, o Abel do costume. Esse, pelo menos, já não nos engana. Não esperamos mais dele. E, apesar de tudo, ainda fez um bom corte, que poderia ter dado origem a golo do adversário.

Pontos positivos? Não muitos. Ainda assim, Moutinho nunca se entregou, Miguel Veloso foi bom a distribuir jogo, Caicedo surpreendeu com a sua positiva vontade de ganhar.

E Patrício fez aquilo que faltou a todos os outros: acreditar! Foi com determinação e uma incontida vontade de seguir na Champions, que Rui Patrício deixou os seus terrenos e subiu até à baliza adversária para mostrar como se faz. Foi perícia, mestria, saber-fazer? Provavelmente não. Teve muito de sorte, é certo. Mas, ainda assim, serviu para envergonhar todos os restantes 10 jogadores que estiveram a brincar durante 89 minutos mais 5 de compensação, absolutamente incapazes de virar um jogo após o golo do 1º minuto. Inadmissível.

Quanto aos rostos "mutilados" da equipa do Twente? Também não me metem dó. Limitaram-se a fazer um ridículo anti-jogo, pelo que mereciam tanto ganhar como o Sporting. Além disso, quem se limita a defender e a deixar o tempo passar, corre sempre o risco de ver a coisa correr mal.

Gosto do meu clube e sei que estou condenada a sofrer. Ainda assim quero ver mais. Quero ver os jogadores a sofrerem também por um resultado, a lutar por ele. Onde está a garra do leão? Baixar os braços não é, certamente, a solução. Obrigada, Rui, pelo aroma da esperança que deixaste ontem em campo!!!

publicado por Vânia Caldeira às 11:56
tags:

20
Jul 09

 

As muito ansiadas (e merecidas) férias. Ansiadas, porque trazem à minha vida um factor do qual já não desfrutava há algum tempo: o próprio tempo! Merecidas? Sim, pelo menos assim o creio. Mais uma meta alcançada, com as cadeiras todas feitas em 1ª fase e um sorriso de troça para o chamado "ano barreira". Agora, agarrem-se: anos clínicos, aí vou eu!

Mas até lá só preciso de ... tempo. Tempo para mim e para os outros.

Tempo para ir beber um café sozinha, olhar o horizonte e pensar na minha vida, na minha felicidade, na sorte que tenho. Tempo para dar um pulo até à praia e sentir a rude areia nos meus delicados pés, sentir-me só comigo e com o mundo, sentir o sol que escalda e queima mas, sobretudo, que regenera. Sentir a suave aragem que me dá as forças perdidas com tantos exames, que me liberta o espírito do pensamento, que me deixa entregue a um estado de calma inconsciência.

Tempo para escolher qual o livro a ler de seguida, tempo para alugar todos aqueles filmes que foram ficando para trás, tempo para ouvir as músicas preferidas, tempo para escrever, tempo para conhecer lugares e pessoas, tempo, tempo, tempo...

Mas, também, tempo precioso para estar com os outros. Todos aqueles que tornam cada grão de areia da minha ampulheta tão especial, tão único. Tempo para pôr a conversa em dia, reafirmar esses fortes, ainda que invisíveis, laços que nos unem. Tempo para rir em sintonia. Há coisa melhor do que rir a dois? Tempo para passeios, idas à praia ou ao cinema. Tempo para cafés, bares e discotecas. Tempo para me dar e receber do que de melhor este mundo tem: esse milagre da amizade. Esses momentos perfeitos de comunhão, sorrisos, compreensão... é, agora, e ao vosso lado que os reencontro. E, assim, me reencontro a mim mesma.

E ainda tempo para estar contigo: apenas nós, a dois. Reinventar sorrisos e desenhar carinho. Espelhar felicidade e confiança. Crescermos juntos na união que partilhamos.

 

Finalmente... posso rejuvenescer de férias!!!

Desde já, a todos desejo, umas excelentes férias.

publicado por Vânia Caldeira às 14:05
tags:

07
Jul 09

 

Polémicas à parte, o rei partiu e deixou um enorme vácuo mundial. Uma das personagens, simultaneamente, mais populares e mais misteriosas de sempre, Michael Jackson, sempre motivou multidões... Em vida e em morte.

Um passado de violência e uma infância destruída, não deixaram crescer completamente o homem, mas não conseguiram impedir o nascimento de um tremendo génio da música.

As suas magníficas músicas, a sua original dança, a sua irreverente personalidade inspiraram não uma, mas várias gerações. Miúdos e graúdos deixaram-se chocar pela morte do cantor e choraram em uníssono tremenda perda.

Foi diferente em tudo o que fez: na forma impressionante do seu corpo enquanto dançava, nas mudanças físicas que atravessou, nas controversas polémicas em que se viu envolvido, na magnífica "Neverland"... Mas, sobretudo, deixa-nos uma enorme herança: os melhores espectáculos de sempre, as eternas músicas encantadoras, os 8 Grammys que ganhou e o álbum mais vendido de sempre. E ainda os gestos de caridade constantes para com o mundo e as crianças.

Também na morte foi diferente... A sensação que fica e que nos asfixia: a de que partiu certamente cedo demais.

 

"No meu coração, serei sempre Peter Pan." M.J.

 

Agora, poderás ser sempre criança e descansar em paz. Cá em baixo, voarás certamente pelos confins da eternidade.

 

 

 

publicado por Vânia Caldeira às 18:32

Dezembro 2011
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

11
12
13
14
15
16
17

18
19
20
21
22
23
24

25
26
27
28
29
30


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds
mais sobre mim
pesquisar
 
blogs SAPO