Ele apaixonou gerações. Com a simultânea precisão e sensualidade dos seus passos de dança, com a doçura da sua voz enquanto cantava "She's like the wind" e com as suas magníficas interpretações.
Há uns anos tive a oportunidade de conhecer "Dirty Dancing" e deixei-me enfeitiçar. Um filme que inicialmente não passou de um modesto investimento para filme mediano e que graças à marcante personagem representada por Patrick Swayze se tornou um tremendo e inesperado sucesso. No filme, o autor é um professor de dança que se vai apaixonar por uma aluna, menina rica e inacessível. Juntos protagonizam a mais bela história de que tenho memória. É, sem dúvida, o filme mais romântico de sempre.
E foi aqui que me tornei inevitavelmente uma enorme fã de Patrick Swayze. Não hesito em elegê-lo como o actor que mais me marcou, o melhor de todos.
E, por isso mesmo, tremi quando há um ano soube que ele padecia de cancro. E logo do pâncreas, cujas taxas de sobrevida não são nada animadoras.Não nos podem roubar estas pessoas, não é justo que o façam... 57 anos? É demasiado cedo. Ele ainda tinha tanto para dar, agora que protagonizava a série "The Beast". Ao fim de ano e meio o cancro venceu e todos nós perdemos.
Se a morte dele hoje foi uma surpresa? Não. Já há meses numa aparição pública o seu aspecto transtornado falava por ele. Ainda assim não doeu menos ouvir tal notícia.
É o fim de um homem que me fez sonhar. Que me fez ver o Dirty Dancing, que tenho em DVD, vezes e vezes. Sem nunca me cansar. Até saber as deixas, as músicas e os passos de dança. Que me fez procurar todos os filmes com ele no clube vídeo.
Além de Dirty Dancing, Patrick Swayze foi ainda protagonista em outros grandes filmes como "Ghost - o Espírito do Amor", "Three Wishes", "One Last Dance", "King Solomon's Mines" ou "Point Break" (ao lado de Keanu Reeves). E ainda a melhor série que alguma vez vi: "Norte e Sul", um verdadeiro sucesso sobre a guerra civil americana.
Hoje é um dia triste pois é verdadeiramente lamentável vê-lo desaparecer para sempre... pelo menos dos ecrãs, pois na minha memória e no meu imaginário ele continuará a dançar para sempre.
Até sempre, Patrick.