
Tenho a certeza que te adoro.
Nem sempre as palavras saem com a naturalidade que deviam,
nem sempre é fácil dizer-te o que penso, o que sinto.
Quem diria que eu cairia de pára-quedas na tua vida
e que me agarrarias com a firmeza de que se constroem as certezas
com o carinho de que se constrói a felicidade?
Quem diria, há uns meses atrás,
que era possível eu perder as rédeas da minha auto-suficiência
ou questionar as minhas verdades absolutas?
E perdi...
Perdi o estóico controlo, ganhei-te a ti.
Fiquei, sem dúvida, a ganhar com a troca.
Adoro quando me sussurras as palavras que quero ouvir,
aquelas que nem sempre te consigo dizer.
Adoro quando me olhas como se o mundo começasse algures entre nós
entre o espaço inexistente que nos separa,
entre cada momento que estamos juntos.
Quando parece que poderias passar dias a olhar-me
e nunca te cansarias.
Adoro quando me tocas,
quando desenhas no meu rosto as linhas do teu afecto,
quando me levas a viajar no teu beijo,
quando descobres o meu corpo,
quando me envolves docemente nos teus braços...
quando me prendes bem junto a ti
num abraço que promete absoluto.
Quando me fazes sentir tua. Apenas tua.
Quando és meu. Sempre meu.
Provavelmente não és perfeito.
Como tu próprio dizes a perfeição é uma certeza estagnada,
cuja única garantia é a monotonia de um limite que já foi alcançado
o fim dos obstáculos para ultrapassar, o fim das metas a vencer.
Mas és certamente ideal.
O ideal que eu construí para mim. Para nós.
Gostava de te conseguir dizer mais vezes como és importante para mim.
Como mudaste a minha vida
ou como me tornas feliz.
Gostava de poder arranjar um número
que quantificasse o tanto que eu gosto de ti
ou uma fórmula para te fazer feliz.
Perante o fracasso em tudo isso,
apenas consegui escrever isto.
Apenas e simplesmente... porque te adoro!