Mas, sobretudo, tinham feito o que poucos conseguiram (e ele devia-lhes isso): acreditar verdadeiramente nele e nas suas aparentemente inférteis qualidades. Os seus pais eram, efectivamente, os "melhores pais do mundo". E, por isso, não os podia desapontar...
Ao som da terrível tempestade que rebentava lá fora, dava mais uma irrequieta e angustiada volta na cama: o sono teimava em não chegar e o descanso, esse, estava bem longe de lhe dar tréguas. Vivia mais do que uma patológica crise de insónias. Vivia um angustiante conflito interior, sem terapêutica conhecida e de prognóstico muito reservado.
Porque, lá bem no fundo, ele sabia que simplesmente não estava à altura das expectativas. Ele sabia que não era suficientemente bom. Ele sabia que, no fim, desiludiria os que mais os amavam.