Tu importas-te... Tu preocupas-te comigo... Sempre, a toda a hora, em cada instante. Estás sempre presente quando preciso e quando não preciso. Simplesmente estás. Nos bons e nos maus momentos. Aturas as minhas fúrias com toda a paciência. Sorris comigo, rimos juntos todos os dias. Mandas-me inúmeras mensagens a dar notícias, a tornar-te presente. Para que eu saiba que existes. E eu sei! Mas não como tu gostarias.
Afinal o que te dou em troca? Muito, dirás tu. Isto porque gostas de mim assim como sou. Pouco, digo eu. Como eu gostaria de corresponder todo o carinho que me dás e que é tão importante no meu dia-a-dia.
Como tu há outros que se preocupam, que mesmo apesar do meu desleixo tentam lembrar-me de que existem, tentam tornar-se presentes na minha memória com constantes mensagens e convites, ... Reconheço tudo isso. E pior, tenho consciência de tudo isso. Se os uso? Não. Definitivamente, não. Gosto de todos eles com uma amizade castradora. Castradora sobretudo para eles porque me torna inalcançável. E para mim que gostava de poder mudar tudo isto.
Muitos se preocupam e isso seria suficiente, se não fosse haver um que não se importa, ou que às vezes se importa e noutras não. E não fosse ser esse o único que verdadeiramente importa. Acusam-me de ser esquisita e exigente. Limito-me a ser fiel ao que sinto e, sobretudo, a ser verdadeira comigo própria. Mas também com os outros.
Tu, por seres eternamente dedicado, não mereces que te iluda, nem que te engane. Não o faço. Mas ao mesmo tempo sei que isso te magoa.
Lamento por ti e por mim, lamento não poder com uma varinha mudar tudo isto... Desculpa.