A noite esteve longe de ser brilhante... O ambiente em Alvalade prometia festa, mas os foguetes acabaram por não ser lançados. Num painel do Directivo XXI lia-se que o segundo lugar não era suficiente, queríamos lutar pelo título.
O que é certo é que o grande rugido do leão ficou por se fazer ouvir e um pequeno, às vezes um pouco maior Sporting saiu para jogar.
Nos primeiros minutos todos acreditámos. Sim, sentimos que a força e garra que predominaram contra a Fiorentina tinham vindo para ficar e marcavam um novo ciclo no clube. Porém, aqui, a culpa nem sequer foi do árbitro. Esse, apesar de uma grande penalidade por assinalar, pode dizer-se que saiu isento de culpas.
A culpa? Foi dos suspeitos do costume.
Apesar de na frente a coisa estar a correr bem, com vários remates à baliza, um total domínio sobre a equipa adversária e uma grande vontade de vencer, lá atrás, junto à baliza, a história é outra.
E assim que o Braga decide atravessar o meio campo... é golo. Nem um Miguel Veloso enorme, um extraordinário golo de Yannick, um Liedson sempre esforçado, ou um Matías melhor que das outras vezes chegaram. Pedro Silva, André Marques, Polga e Postiga trataram de destruir tudo o que os outros tentaram fazer crescer. Com lances infantis e demasiada descoordenação.
A solução? Passaria certamente pelos avanços da clonagem, o que (por motivos éticos) pode chegar tarde demais. Quatro Carriços seriam, certamente, a melhor defesa do campeonato. Talvez o Vuk à direita e um substituto para o Postiga.
Culpa do Paulo Bento? Não creio. A culpa é dos jogadores. E a mudança de técnico não me parece uma solução, nem me parecem justas algumas das críticas que têm vindo a fazer-se ouvir.
Queremos mais e sabemos que a equipa é capaz de melhor. Mais concentração, mais empenho, mais garra e mais eficácia. Até lá, continuaremos a puxar por eles.
Porque, de qualquer forma, e apesar da triste noite, é sempre bom regressar a Alvalade. E sentir-me inequivocamente em casa...