Para sonhadores... Deixem-se levar... O blog mudou de cores, mas os sonhos são os mesmos...

23
Ago 09

 

A noite esteve longe de ser brilhante... O ambiente em Alvalade prometia festa, mas os foguetes acabaram por não ser lançados. Num painel do Directivo XXI lia-se que o segundo lugar não era suficiente, queríamos lutar pelo título.

O que é certo é que o grande rugido do leão ficou por se fazer ouvir e um pequeno, às vezes um pouco maior Sporting saiu para jogar.

Nos primeiros minutos todos acreditámos. Sim, sentimos que a força e garra que predominaram contra a Fiorentina tinham vindo para ficar e marcavam um novo ciclo no clube. Porém, aqui, a culpa nem sequer foi do árbitro. Esse, apesar de uma grande penalidade por assinalar, pode dizer-se que saiu isento de culpas.

A culpa? Foi dos suspeitos do costume.

Apesar de na frente a coisa estar a correr bem, com vários remates à baliza, um total domínio sobre a equipa adversária e uma grande vontade de vencer, lá atrás, junto à baliza, a história é outra.

E assim que o Braga decide atravessar o meio campo... é golo. Nem um Miguel Veloso enorme, um extraordinário golo de Yannick, um Liedson sempre esforçado, ou um Matías melhor que das outras vezes chegaram. Pedro Silva, André Marques, Polga e Postiga trataram de destruir tudo o que os outros tentaram fazer crescer. Com lances infantis e demasiada descoordenação.

A solução? Passaria certamente pelos avanços da clonagem, o que (por motivos éticos) pode chegar tarde demais. Quatro Carriços seriam, certamente, a melhor defesa do campeonato. Talvez o Vuk à direita e um substituto para o Postiga.

Culpa do Paulo Bento? Não creio. A culpa é dos jogadores. E a mudança de técnico não me parece uma solução, nem me parecem justas algumas das críticas que têm vindo a fazer-se ouvir.

Queremos mais e sabemos que a equipa é capaz de melhor. Mais concentração, mais empenho, mais garra e mais eficácia. Até lá, continuaremos a puxar por eles.

Porque, de qualquer forma, e apesar da triste noite, é sempre bom regressar a Alvalade. E sentir-me inequivocamente em casa...

publicado por Vânia Caldeira às 20:58
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13
Ago 09

 

Procurava concentrar-se no belo conto de fadas que segurava timidamente entre as mãos. Um clássico. A princesa aprisionada por uma bruxa maléfica. O príncipe, esbelto e corajoso, que parte sem hesitar para a resgatar.

Continuamente os olhos fugiam do livro para a realidade do quarto, que as nove horas banhavam de um tom sombrio. Na pequena mesinha junto à cama, uma foto de tempos talvez mais felizes. Ou apenas o rosto da inconsciência própria dos três anos... Não sabia. Agora, sete anos mais velha, apenas sabia que não queria que ele chegasse. Aquele estranho. Não já. Não agora. Talvez nunca mais!

E se, por um lado, eram pensamentos libertadores, por outro, eram tremendamente cruéis e punidores. Sentia-se horrível por alojá-los na sua mente, por alimentá-los. Um verdadeiro monstro. Afinal, a culpada de tudo era ela.

Olhando a janela percebia-se presa no seu quarto, na sua casa, no seu mundo. Impiedoso. Será que o seu príncipe chegaria algum dia? Capaz de a levar para longe de tudo e todos? Para longe dele.

E foi então que ouviu a porta bater. Sabia que não era o seu príncipe, afinal os passos etéreos deste contrastavam com a rudeza dos passos que percorriam a casa. Passos e mais passos. Angustiantes. Dolorosos. O subir das escadas. E o derradeiro abrir da sua porta.

O pai entrou. Uma mistura de emoções golpearam-na com uma força dilacerante - o nojo, o medo, a culpa. E o horrível hálito a álcool. O lascivo sorriso do pai. O olhar possesso.

Percebeu que chegara o momento de desaparecer. Foi então que se encolheu ainda mais entre os lençóis, fechou os olhos e respirou fundo. E rogou que o seu príncipe chegasse para a salvar.

publicado por Vânia Caldeira às 21:33
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12
Ago 09

 

Um amante de sonho és tu. Aquele que me torna maior, me faz sentir única e especial, princesa no teu conto de fadas, flor mais bela do teu jardim, livro preferido e mil vezes lido da tua estante. Aquele que, continua a olhar para mim, dia após dia, como se fosse a primeira vez. Simultaneamente encantado e ávido descobridor de novos pedaços de mim, de novas vontades, de novos sonhos, de novos rumos a percorrer.

És tu, aquele cujos dedos deslizam pelo meu corpo como se de uma peça da mais pura arte se tratasse. Com a sensibilidade e a doçura própria dos mestres, temperada de desejo e amor sinceros.
Um amante de sonho és tu. Aquele para quem amar nunca será uma meta cumprida, mas sempre uma promessa a cada dia renovada num olhar profundo, num gesto de ternura ou num beijo apaixonado. Tu, que te alimentas do teu próprio amor e daquele que te dou, para seres a cada dia melhor e mais completo, mais perfeito e único. Um verdadeiro amante de sonho. Tu.
publicado por Vânia Caldeira às 20:59
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05
Ago 09

 

Para meu enorme desgosto, ontem vi um jogo que certamente não foi o da minha equipa. Pelo menos, não daquela equipa dedicada, lutadora e concretizadora que conheço.

O que vi foi um grupo de jogadores e não uma equipa, pouco ligados, completamente desorientados, tentando jogar cada um para seu lado e, sobretudo, tentando de alguma forma chutar a bola... pouco importava como e para onde.

Vi um Liedson que, ainda que lutador, está longe da excelente forma a que nos habituou. Um Yannick que, como era previsível, foi um jogador a menos na equipa na posição que ocupou, incapaz de dominar a bola e construir jogo. Um Matías sem nada para mostrar. Um André Marques sem capacidade para jogar a titular. Um Abel... enfim, o Abel do costume. Esse, pelo menos, já não nos engana. Não esperamos mais dele. E, apesar de tudo, ainda fez um bom corte, que poderia ter dado origem a golo do adversário.

Pontos positivos? Não muitos. Ainda assim, Moutinho nunca se entregou, Miguel Veloso foi bom a distribuir jogo, Caicedo surpreendeu com a sua positiva vontade de ganhar.

E Patrício fez aquilo que faltou a todos os outros: acreditar! Foi com determinação e uma incontida vontade de seguir na Champions, que Rui Patrício deixou os seus terrenos e subiu até à baliza adversária para mostrar como se faz. Foi perícia, mestria, saber-fazer? Provavelmente não. Teve muito de sorte, é certo. Mas, ainda assim, serviu para envergonhar todos os restantes 10 jogadores que estiveram a brincar durante 89 minutos mais 5 de compensação, absolutamente incapazes de virar um jogo após o golo do 1º minuto. Inadmissível.

Quanto aos rostos "mutilados" da equipa do Twente? Também não me metem dó. Limitaram-se a fazer um ridículo anti-jogo, pelo que mereciam tanto ganhar como o Sporting. Além disso, quem se limita a defender e a deixar o tempo passar, corre sempre o risco de ver a coisa correr mal.

Gosto do meu clube e sei que estou condenada a sofrer. Ainda assim quero ver mais. Quero ver os jogadores a sofrerem também por um resultado, a lutar por ele. Onde está a garra do leão? Baixar os braços não é, certamente, a solução. Obrigada, Rui, pelo aroma da esperança que deixaste ontem em campo!!!

publicado por Vânia Caldeira às 11:56
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