Para sonhadores... Deixem-se levar... O blog mudou de cores, mas os sonhos são os mesmos...

28
Abr 08


Há coisas em que é difícil acreditar. Certas acções parecem surreais, certos acontecimentos ridículos e certos comportamentos são simplesmente inaceitáveis. Tudo isto se levarmos em conta que nos referimos a estudantes de Medicina, todos maiores de 18 anos e que, efectivamente, já deveriam ter algum juízo.
No seio da faculdade existe a mesquinhez, a injustificável competição à milésima, a inveja e a falsidade. Esta última irrita-me particularmente. É fácil sermos enganados com a ideia que criamos das pessoas... que, à primeira oportunidade, nos desiludem. E também existem aquelas em que simplesmente nunca depositámos nenhuma esperança. Essas certamente não desiludem, apenas provam que estávamos certos. No entanto, continuam a sorrir-nos largamente pela frente, a tentar estabelecer conversa. Enquanto isso, por trás dizem mal (o mais que conseguem), procuram arranjar problemas, irritar-nos à custa do planeamento de enormes teias de intrigas.
Porém, quando fora do seu contexto diário normal, quando as amarras se soltam... surgem quase magicamente todas as frustrações, todas as ideias e vontades reprimidas e vai-se formando um cocktail explosivo... O principal problema é que ele explode mesmo. Loucura, leviandade, irresponsabilidade, vandalismo e violência. Como é possível? Por momentos, a diversão parece proporcional ao nível de álcool e, sobretudo, à quantidade de estragos.
Mais do que revolta e indignação, estes comportamentos despoletam em mim uma tremenda vergonha. Vergonha de poder sequer ser confundida com esses outros que não se cansam de fazer porcaria. Vergonha de estar no mesmo grupo... E, o que é certo (ou quase...), é que tanto eles como eu seremos os futuros médicos do país... Enfim...
No meio de tudo isto o que é que faz com que valha a pena? O que é que fez com que as Olimpíadas da Medicina deste ano não tenham sido um fracasso?
Os que não se associam a estes movimentos de liberdade inconsequente. Os amigos certos, as pessoas ideais! Água a cair do tecto ou dolorosos escaldões? O que é isso ao pé das nossas toalhas de praia encharcadas, da caça à melga, da tentativa frustrada de tirar o verniz com vodka, das típicas "siestas", do vinagre no frigorífico e de tudo o resto?
A diversão sem maldade, a união, a certeza confirmada de que, pelo menos entre nós, tudo correria bem. Poucos, mas bons! Sempre juntos, em sintonia, em harmonia. Ora na casa de uns, ora na dos outros. A passear, a apanhar sol, a comer, a beber, a jogar às cartas, a jogar PES, a ouvir música ou simplesmente a ver passar o tempo... juntos.
Obrigada por fazerem com que valha sempre a pena! Sim, porque apesar de tudo o resto, mas sobretudo por tudo isto... para o ano haverão mais Olimpíadas.

publicado por Vânia Caldeira às 14:15

27
Abr 08


"You look at me smile you smile then you run,
You make me feel like I´m the one,
Believe that our hearts will find their ways to go through
Nights and days passing through our lives,
and still are we sure of anything,
maybe love is the key for our golden dreams...

Let's be in love again,
Let's see the Sun in red
Let's be in love again...

Look at me, Kiss me, Hold me, Feel me,
Love me, As if it was our last day...

If I could go, back in time,
I would say, once again,
Kiss me, Hold me, Feel me,
Love me..."

Hands on Approach
publicado por Vânia Caldeira às 17:04
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22
Abr 08


Nunca se sentira capaz de fazer nada sozinho. Por isso, olhava o austero prédio e hesitava. Perdia minutos e minutos naquela incerteza que o destruía, naquela insegurança castradora.
Os muitos anos de consumo de drogas tinham-lhe deixado marcas profundas, não no rosto - que, aliás, se poderia dizer muitíssimo "bem conservado" para o atentado continuado que fizera à sua própria saúde - mas na alma. À medida que a heroína ganhava terreno na sua vida, ele perdia-o, o chão fugia-lhe e ele tornava-se cada vez mais pequeno. Minúsculo, ridículo... perante a enormidade do seu vício.
Recordava, com desgosto, o maldito dia em que conhecera esse mundo oculto. Mundo inicialmente perfeito... uma nova experiência que partilhava com os "amigos", o prazer após cada dose, o sentimento de poder absoluto. Tudo não passava de uma brincadeira, apenas quando apetecesse, apenas quando ele quisesse. Não passaria muito tempo até que se aperceberia da falta de verdade dessa ideia. Nada dependia já dele. Perdera o controlo, ganhara a dependência.
Uma dependência física, sem dúvida. As ressacas eram dantescas idas ao Inferno, cujo único bilhete de regresso parecia ser uma nova dose. Às dores insuportáveis acumulava-se a angústia de simplesmente não ser capaz. Querer largar e não poder. Tentar e não conseguir.
Apesar de perceber como aquilo lhe fazia mal, como a dor excedia em muito qualquer prazer que o vício lhe pudesse conceder: ele simplesmente não era capaz.
Para dissimular a sua própria desilusão, mas também a alheia (a daqueles que mais o amavam), procurava convencer-se que essa incapacidade era linearmente fisiológica. Mas, no fundo, a verdade teimava em atormentá-lo. Sentia que não passava de um fraco, ao não conseguir aquilo que mais queria - largar o vício.
Anos e anos de tentativas, de investimentos por parte dos que o rodeavam, de apoio de todos, cocktails de fracassos e desilusões que terminavam sempre no mesmo: a recaída. Anos que o perseguiam e que o perseguiriam a vida toda, confrontavam-no agora ali, naquele momento, enquanto atravessava a passadeira e se aproximava da entrada do edifício.
Há 3 anos que deixara de consumir, tempo demais para si, demasiado pouco tempo para os outros, aqueles que tentavam confiar que desta vez seria definitivo. O que mais lhe custava era a sensação de ter perdido uma enorme fatia da sua vida, a melhor. E agora, apenas lhe restavam algumas migalhas que teria de aproveitar, após esta sua reaprendizagem da vida, um duro recomeço. Além disso, a droga deixara-lhe inúmeros receios e fragilidades. Era como se sem ela, não conseguisse fazer nada... não fosse capaz de pensar, de estar com ninguém, de dar o melhor de si mesmo.
Por isso, hesitava em frente ao elevador...
Lembrou-se então do verde dos olhos dela. O verde no qual se encontrara e a calma inabalável que eles lhe transmitiam, a certeza de que um mundo melhor era possível e estava para lá da porta daquele elevador. Ela era o significado que ele encontrara para a sua vida. Respirou fundo, guardou com carinho o belo rosto dela algures nos recônditos escondidos da memória, e prometeu a si mesmo que desta vez seria diferente: não iria desiludir mais ninguém, muito menos ela... que sempre confiara verdadeiramente nele.
Entrou no elevador de cabeça erguida, com a certeza de que a entrevista lhe correria muitíssimo bem e que o emprego seria seu. Agora acreditava nele e nas suas capacidades. Era mais homem, mais completo. E tudo isso lhe devia a ela e à força do seu amor. Esse, era sem dúvida, o melhor de todos os vícios.
publicado por Vânia Caldeira às 14:26

21
Abr 08
publicado por Vânia Caldeira às 22:11
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19
Abr 08


Tenho a certeza que te adoro.
Nem sempre as palavras saem com a naturalidade que deviam,
nem sempre é fácil dizer-te o que penso, o que sinto.

Quem diria que eu cairia de pára-quedas na tua vida
e que me agarrarias com a firmeza de que se constroem as certezas
com o carinho de que se constrói a felicidade?
Quem diria, há uns meses atrás,
que era possível eu perder as rédeas da minha auto-suficiência
ou questionar as minhas verdades absolutas?

E perdi...

Perdi o estóico controlo, ganhei-te a ti.
Fiquei, sem dúvida, a ganhar com a troca.

Adoro quando me sussurras as palavras que quero ouvir,
aquelas que nem sempre te consigo dizer.
Adoro quando me olhas como se o mundo começasse algures entre nós
entre o espaço inexistente que nos separa,
entre cada momento que estamos juntos.
Quando parece que poderias passar dias a olhar-me
e nunca te cansarias.
Adoro quando me tocas,
quando desenhas no meu rosto as linhas do teu afecto,
quando me levas a viajar no teu beijo,
quando descobres o meu corpo,
quando me envolves docemente nos teus braços...
quando me prendes bem junto a ti
num abraço que promete absoluto.

Quando me fazes sentir tua. Apenas tua.
Quando és meu. Sempre meu.

Provavelmente não és perfeito.
Como tu próprio dizes a perfeição é uma certeza estagnada,
cuja única garantia é a monotonia de um limite que já foi alcançado
o fim dos obstáculos para ultrapassar, o fim das metas a vencer.
Mas és certamente ideal.
O ideal que eu construí para mim. Para nós.

Gostava de te conseguir dizer mais vezes como és importante para mim.
Como mudaste a minha vida
ou como me tornas feliz.
Gostava de poder arranjar um número
que quantificasse o tanto que eu gosto de ti
ou uma fórmula para te fazer feliz.
Perante o fracasso em tudo isso,
apenas consegui escrever isto.

Apenas e simplesmente... porque te adoro!
publicado por Vânia Caldeira às 11:31

17
Abr 08


Que grande jogo! E magnífico resultado!
Grandes leões ;) Obrigada por tantas emoções e alegrias!

SPORTING 5 - 3 SLB
Só estes dois homens para chorar por um clube! Adoro-vos!!!
publicado por Vânia Caldeira às 22:15
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15
Abr 08



"You light the skies, up above me
A star, so bright, you blind me, yeah
Don’t close your eyes
Don’t fade away, don’t fade away-

 

Yeah you and me we can ride on a star
If you stay with me girl
We can rule the world
Yeah you and me we can light up the sky
If you stay by my side
We can rule the world


If walls break down, I will comfort you
If angels cry, oh I’ll be there for you
You’ve saved my soul
Don’t leave me now, don’t leave me now

 

Yeah you and me we can ride on a star
If you stay with me girl
We can rule the world
Yeah you and me, we can light up the sky
If you stay by my side
We can rule the world


All the stars are coming out tonight
They’re lighting up the sky tonight
For you, for you
All the stars are coming out tonight
They’re lighting up the sky tonight
For you, for you"


Take That
publicado por Vânia Caldeira às 18:23
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07
Abr 08


Cada coisa tem o seu cheiro característico, indelével aroma que a percorre, que a transforma e a torna nessa mesma coisa.
As casas têm cheiros. Não me refiro ao aroma de lavanda de determinada vela ou ao resultado da queima de incensos. Nem tão pouco me refiro aos cheiros a comida que preenchem uma cozinha ou ao perfume de determinado quarto. Um aroma que vai muito além disso e faz parte da própria casa. Noto isso na casa das pessoas que mais importantes são para mim. Há qualquer coisa de conhecido, que nos desperta a atenção, ao fim de muitos anos a frequentar essa casa.
Os livros também nos presenteiam com o seu próprio cheiro. Adoro aqueles livros com a herança dos anos traduzida nas folhas amareladas e no típico cheiro a "antigo".
É impressionante a forma como a nossa memória, esse mecanismo magnífico e que representa, no fundo, toda a nossa vida e a experiência que temos dela, consegue associar esses cheiros, esses aromas a essas casas, esses livros ou, até mesmo, a determinados acontecimentos ou pessoas. Sim, as pessoas também têm cheiros característicos. Sou muitíssimo sensível a esses aromas próprios de cada um e várias vezes já me aconteceu prever a chegada de alguém, pela precoce chegada desse aroma ao meu sentido olfactivo.
O teu aroma, o cheiro da tua pele... desperta-me todos os sentidos. Recorda-me o doce sabor da tua boca, o suave toque das tuas mãos, o agradável timbre da tua voz... Impele o meu olhar a querer perder-se na profundidade do teu. Porquê? Não sei. Apenas sei que és especial.
publicado por Vânia Caldeira às 10:21
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06
Abr 08


Como disse uma amiga minha, afinal os 21 não custam assim tanto...
Sobretudo porque foram passados com os melhores amigos do mundo, com as pessoas especiais que preenchem a minha vida, com muitas surpresas agradáveis e inesperadas.
Obrigada a todos por isso!
publicado por Vânia Caldeira às 21:16

04
Abr 08


Mesmo à beira dos 21... Apenas algumas horas nos separam. E então? O que significa isso?
Há quem desvalorize o trágico e inevitável facto de que a cada aniversário ficamos um ano mais velhos. A mim assusta-me... Essa dimensão efémera do tempo que, no dia-a-dia acabo por esquecer, mas que se torna particularmente presente nesta altura.
Passou mais um ano. Passou depressa demais, aliás passa sempre... Parece que foge de nós e é sempre o mais rápido nessa disputa.
O que importa então realmente? A forma como o aproveitamos. Os 20 anos foram uma idade particularmente agradável. Com muitas surpresas verdadeiramente boas e, sobretudo, com a presença de grandes amigos.
É estranho mas, nesta altura da minha vida, começo a sentir algumas pessoas como certas, a saber que elas simplesmente estarão sempre ali. Revestida de uma camada inexplicável, essa certeza é o maior prazer que a amizade nos pode dar. Saber que quando mais precisarmos essas pessoas especiais simplesmente estarão sempre lá. E que embora nos esqueçamos demasiadas vezes do valor que elas representam na nossa vida... são elas que ajudam a manter os alicerces da nossa felicidade e o sentido da nossa existência.
Por isso, e porque não digo o quanto vos adoro tantas vezes como gostaria, muito obrigada a todos vocês... meus grandes amigos!
Obrigada por serem a minha garantia de que os 21 serão ainda melhores!
publicado por Vânia Caldeira às 11:42

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