Há dias em que simplesmente estou feliz. Sim, é verdade, algures no meu mundo há espaços para dias mágicos de felicidade. Alguma causa precipitadora de tal felicidade diagnosticada? Aparentemente não. Mas os sintomas são demasiado óbvios.
Um brilho nos olhos, o sorriso constante e sincero, a boa-disposição de cada movimento, ... Hoje apetece-me apenas dizer sim a tudo, dizer sim aos outros, dizer sim, um enorme sim, a mim mesma.
Hoje quero depositar toda a esperança no que posso, nas minhas capacidades ilimitadas, nas minhas forças criadoras, hoje acredito no mundo e na sua fertilidade.
Talvez porque a festa desta quarta me deixou alegre. Não é preciso estar muita gente (e não estava), basta que estejam simplesmente as pessoas certas.
Hoje acordei e percebi como me posso considerar afortunada e essa é, deveras, a melhor sensação do mundo porque me torna mais poderosa, mais segura de mim mesma, mais confiante, mais genuína e mais entregue a cada pequena coisa que faço.
Seria bom que todos os dias fossem como este. Seria bom que a cada dia eu percebesse a enorme sorte que tenho, como o destino foi generoso comigo: os pais fantásticos que me deu, os verdadeiros amigos com que me brindou e a maravilhosa vida que me deu oportunidade de viver e construir a cada passo. Hoje estou feliz. Mas se todos os dias fossem como o de hoje, provavelmente nunca poderia realmente dar valor a um dia tão magnífico. No fundo, o dia de hoje não seria tão especial. Por isso, ainda bem que existem coisas boas e coisas más, surpresas e decepções, gestos que nos fazem sorrir e atitudes que nos fazem chorar... Ainda bem, pois só assim compreendemos o verdadeiro valor dessa quimera que é a felicidade!