Para sonhadores... Deixem-se levar... O blog mudou de cores, mas os sonhos são os mesmos...

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Fev 08

 

E se fôssemos os últimos homens na Terra? Se estivéssemos sós? Provavelmente tudo deixaria de fazer sentido... Começaríamos a falar sozinhos, com os seres inanimados até que, a determinada altura, já só dialogaríamos com a nossa própria loucura.

É nisso que o filme "I am Legend" nos leva a pensar. E não só...

As várias culturas, as várias épocas, as várias histórias criaram diferentes cenários apocalípticos do fim do mundo. Não me recordo de nenhum em que a culpa fosse simplesmente nossa. Animais monstruosos e evoluídos, a queda de meteoritos, uma enorme explosão, causas naturais, ou muitos outros responsáveis... E nunca o mais provável: a espécie humana!

A magnífica ambição humana leva-nos a desejar sempre mais. E grandes feitos se têm realizado movidos por essa força que tudo pode. Muitos têm sido os progressos da ciência, da tecnologia, da medicina... Coisas que muitos nunca pensaram possíveis, desde a ida à Lua, até às curas para inúmeras doenças ou a invenção de diversas máquinas do nosso quotidiano, têm sido concretizadas. Mas quais são os limites do progresso?

Quando se ultrapassam as invisíveis barreiras do permitido podemos destruir, em vez de criar. É isso que acontece no filme. A própria espécie humana, na ambiciosa busca de uma das curas mais ansiadas da actualidade - a do cancro -, acaba por apenas se conseguir destruir a si mesma.

O filme evidencia o quanto necessitamos de uma vida definida por padrões sociais, sustentada nas relações humanas e o quanto a nossa ambição pode ser letal. No fim, sobretudo porque se trata de ficção, a coragem e a determinação do personagem principal acabam por ser recompensados, garantindo a salvação da espécie. Mas e se fosse real?!

Bem conseguido nas suas intersecções temporais, que quebram a monotonia de uma história individual e solitária, este é, sem dúvida, um grande filme. O final é absolutamente extraordinário. De destacar a magnífica interpretação de Will Smith nos seus monólogos de loucura em busca da sobrevivência e de uma cura...

E também a mensagem final, cujos contornos vão muito além do próprio filme: "Iluminem a escuridão" ... com a luz da razão e da esperança.

publicado por Vânia Caldeira às 21:18

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