Luzes, enfeites, embrulhos, músicas de Natal. Aí está outra vez esta quadra festiva. Como o tempo passa depressa: olho-me ao espelho, buscando diferenças desde o último Natal... Afinal o que fiz eu ao meu Natal?
Acho que o tenho transformado, ao longo do tempo, com novos ideais e um novo olhar, mais forte e mais profundo...
Olhos de quem vê além do simpático velhote de barbas brancas e indumentária vermelha... de quem vê nele a personificação da esperança. É acreditar que um mundo novo é possível e que os nossos sonhos nos podem chegar pela chaminé.
É ver no verde pinheiro de Natal mais do que um bonito artefacto decorativo. É ver nas suas dimensões a possibilidade de tocar o céu como um desafio de sermos sempre melhores e a promessa da realização pessoal.
É ver no presépio mais do que um ritual antiquado ou "beato". É ver a necessidade de sentir a presença de uma entidade superior nas nossas vidas, é ser-se inspirado pela humildade e união dqaquela família.
Tanta coisa pedi ao Pai Natal este ano... Sei que não lhe cabe tudo no saco e que muitas "prendas" ficarão pelo caminho. Mas não deixei de fazer a minha lista nem de acreditar num certo Pai Natal porque enquanto viver haverá sempre uma renovada esperança de cada dia beber um quente e delicioso café na maravilhosa chávena da vida.
"Não é a mesma coisa (...) morrer ou ver a luz do dia.
Uma coisa é nada; na outra, reside a esperança."
Eurípides, in As Troianas