Fico contente que a eleição das Novas Maravilhas do Mundo tenha sido justa e sensata, ao contrário do que sucedeu com as Maravilhas de Portugal. É triste que a nossa história pareça limitada a monumentos de arquitectura mais recente e sobretudo que da lista quase constem apenas mosteiros... É vergonhoso que o grandioso Convento/Palácio de Mafra tenha ficado esquecido. Tal como é deveras triste o esquecimento do lindíssimo Templo Romano de Évora (Templo de Diana) ou das Ruínas de Conímbriga. A Torre dos Clérigos também foi injustiçada...
De louvar a eleição do Castelo de Guimarães, enquanto berço da Pátria (mal seria se não fosse eleito); da Torre de Belém, enquanto símbolo da época que representa o expoente máximo do apogeu português - os Descobrimentos - ; o Palácio da Pena com toda a sua beleza também foi uma boa escolha.
Apesar de todas as maravilhas que acabaram esquecidas, foram eleitos ainda o Mosteiro dos Jerónimos, o Mosteiro de Alcobaça, o Mosteiro da Batalha e o Castelo de Óbidos.
As Maravilhas do Mundo, essas simbolizam deveras o que de melhor temos no nosso Mundo e juntam-se na História à única das Maravilhas do Mundo Antigo que sobreviveu à passagem do tempo, as Pirâmides de Gizé:
Maravilhas do Novo Mundo:
Grande Muralha (China)
Petra (Jordânia)
Taj Mahal (Índia)
Machu Pichu (Perú)
Chichén Itza (México)
Coliseu de Roma (Itália)
Cristo Redentor (Brasil)
Prometo debruçar-me em cada uma delas neste espaço... Pena que tenham ficado de fora a Acrópole (Grécia) ou o Kremlin...
Por fim é ainda de realçar a magnífica promoção que foi feita do nosso país. As várias campanhas de promoção de Portugal que foram passadas durante o espectáculo foram bastante completas, já que focaram os mais variados aspectos do país: desde as lindíssimas paisagens para visitar, os monumentos e museus, a possibilidade de actividades ao ar livre, os lugares de sossego, os lugares de diversão nocturna... enfim, mostraram um país multifacetado e atraente aos olhos dos turistas. Devo revelar, que no final dos vários vídeos, eu própria fiquei com vontade de visitar esse tal país, como se tratasse de um país estrangeiro. Fantástico!
Por fim, o espectáculo das 7 Maravilhas foi conciso, mas bonito, apesar de algumas gaffes desnecessárias. Os apresentadores foram bem escolhidos, particularmente Ben Kingley e Hillary Swank. Também Jennifer Lopez esteve no seu melhor. Pena que me tenha parecido que os vários cantores estrangeiros que passaram pelo palco, se tenham limitado a cantar em "play back". E nesse sentido, há que valorizar o tesouro nacional que temos, com as magníficas actuações (ao vivo!!!) de Camané - simplesmente fenomenal -, Dulce Pontes - cuja voz dá arrepios -, Carlos do Carmo, Rui Veloso e Mariza.
Também não percebi muito bem a ideia de levar Joaquin Cortez às Maravilhas para (não!) dançar... Limitou-se a sorrir e a tocar um qualquer estranho instrumento... Que desilusão!...
Enfim... Escreveu-se História num país cuja maior riqueza actual... é mesmo a História!