Para sonhadores... Deixem-se levar... O blog mudou de cores, mas os sonhos são os mesmos...

27
Nov 08

 

 

Algures perdida entre os livros, folhas e folhas com tanto e com nada, assistindo ao louco desfile de matéria ela sentia-se desanimada. Questionava aquilo que sabia, as suas capacidades, atormentava-se com questões sem resposta, com uma insegurança que só lhe dificultava o caminho.

Ao olhar o sol que irradiava lá fora (tão distante), lembrou-se dele. Como queria que ele ali estivesse agora. Como precisava do calor dos seus braços, do aperto forte e consolador que ele lhe dava, das certezas com que a inundava.

Esse era outro problema... Já procurara mil vezes entender o motivo daquela paixão. Como era possível que ele tivesse aquele efeito sobre ela. De repente, alguém lhe puxara o tapete da rigidez e da lógica... E, agora, ela tinha dificuldades em levantar-se. Precisava dele e tinha, cada vez mais, a (dolorosa) consciência disso. Como? Não sabia...

 

Até porque no fim chegava sempre à incontornável resposta, certamente a menos científica de todas, mas também a mais puramente deliciosa: ela gostava dele. O amor... sem regras, convenções, lógicas ou motivos. E como era bom poder entregar-se a esse sentimento sem pensar. Saber, apenas o doce saber, que podia contar sempre com ele, que ele estaria lá quando ela mais precisasse. O sentir-se compreendida, como por ninguém mais, em cada gesto dele, em cada palavra, ou até em cada surpresa que ele lhe fazia.

A consciência de que ele também precisava dela...

Porque junto dele todas as leis físico-químicas eram violadas e ela sentia que podia dissolver-se na textura da sua pele...

publicado por Vânia Caldeira às 18:56

21
Nov 08

 

(The Son of Man, 1926)

 

Hoje comemora-se o 110º aniversário do pintor René Magritte. Um dos mais geniais surrealistas do século XX, Magritte afirmava que as pessoas quando olhavam uma obra de arte se perguntavam o que era aquilo, o que significava. E para responder a essa dúvida ele estabeleceu aquela que é a base da pintura surrealista: “ Isto não significa nada, o mistério também não significa nada". Enquanto Salvador Dalí (o meu pintor de eleição) distorce a realidade, a anatomia e a formas das coisas e nos reporta para um mundo disforme e maleável; Magritte mantém a forma das coisas, mas joga com os sentidos e, sobretudo, com a falta deles. Mistura, recria, reinventa. Transforma. É um convite à imaginação e ao pensamento sobre o abstracto.

 

Não resisti a publicar aqui aqueles que considero os melhores trabalhos deste grande artista:

 

(The False Mirror, 1928)

 

 

 

(The Lovers, 1928)

 

(The Dangerous Liaison, 1926)

 

Vale a pena dar uma espreitadela neste link:

http://oseculoprodigioso.blogspot.com/2007/03/magritte-ren-surrealismo.html

 

publicado por Vânia Caldeira às 20:43
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04
Nov 08

publicado por Vânia Caldeira às 19:42

03
Nov 08

 

"Por mais que a vida nos agarre assim
Nos troque planos sem sequer pedir
Sem perguntar a que é que tem direito
Sem lhe importar o que nos faz sentir

Eu sei que ainda somos imortais
Se nos olhamos tão fundo de frente
Se o meu caminho for por onde vais
A encher de luz os meus lugares ausentes

É que eu quero-te tanto
Não saberia não te ter
É que eu quero-te tanto
É sempre mais do que eu te sei dizer
Mil vezes mais do que eu te sei dizer

Por mais que a vida nos agarre assim
Nos dê em troca do que nos roubou
Às vezes fogo e mar, loucura e chão
Às vezes só a cinza do que sobrou

Eu sei que ainda somos muito mais
Se nos olhamos tão fundo de frente
Se a minha vida for por onde vais
A encher de luz os meus lugares ausentes

É que eu quero-te tanto
Não saberia não te ter
É que eu quero-te tanto
É sempre mais do que eu sei te dizer
Mil vezes mais do que eu te sei dizer
"

 

Mafalda Veiga

publicado por Vânia Caldeira às 10:10
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02
Nov 08

 

Não tenho andado com muita paciência para escrever... Talvez porque não tenha nada a dizer, a comentar. Ou porque o tempo não é muito. Ou porque, e apesar de todo o trabalho, a vida me sorri. Sinto-me incontidamente feliz. Cansada, mas feliz.

Acho que tive, tenho sorte. Por poder estar com aqueles de quem mais gosto, por ouvir as mais doces palavras de amor e carinho, as mais claras reafirmações de amizade, por sentir o forte calor de um reencontro, por me sentir especial e poder provar esses bocadinhos de céu, que juntos formam o puzzle da felicidade. E, apenas por isso, hoje pretendo unicamente deixar um "obrigada" a todos aqueles que são as peças do puzzle da minha vida!

publicado por Vânia Caldeira às 15:00
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